Ortotanásia: sim ou não?

O Ministério Público Federal voltou atrás e decidiu defender a legalidade da ortotanásia. Agora os médicos brasilieiros possuem respaldo para realizarem o procedimento . A procuradora Luciana Loureiro Oliveira, que assumiu o caso no lugar do procurador Wellington Oliveira, mostrou equívocos no processo e agora o MP é a favor da ortotanásia. No código de ética médica, não existe nada que fale sobre o procedimento. Apenas diz que o médico não deve adotar terapias inúteis.

Mas na verdade, o que é a ortotanásia? A  ortotanásia é o procedimento que suspende os tratamentos invasivos. Esses tratementos invasivos por sua vez, tem como função prolongar a vida de pacientes em estado terminal, sem cura. Com a ortotanásia, esses tratamentos são cancelados e os pacientes morrem de forma natural, podendo até mesmo, passar  os últimos dias de vida em casa. A ortotanásia é diferente da eutanásia. Na segunda, os aparelhos do paciente são desligados para acabar com o sofrimento do paciente.

O caso mais conhecidos de ortotanásia são o do Papa João Paulo II, em 2005. No Brasil o caso mais famoso é o do ex-governador de São Paulo, Mário Covas, em 2000. Nos dois casos, os pacientes resolveram passar seu últimos dias em casa, recebendo apenas cuidados paliativos. 

A maior discussão é se o processo deve ou não ser legalizado. O paciente tem ou não o direito de escolher continuar vivendo? Mesmo que em estado terminal. A ortotanásia é uma opção do paciente, que está conciente do seu problema e quer passar seus últimos dias fora do hospital. Por que não? Nesses casos, o paciente irá morrer de forma natural, sem dor, diferentemente do que acontece na eutanásia.


Na visão da atual promotora, o paciente tem sim o direito de escolher. Para o antigo promotor, o paciente não tem o direito de escolha. E pra você, o paciente tem ou não o direito de passar seus últimos dias de vida no lugar que bem entender?

Fonte: Portal Uol / Jornal da Tarde

Por: Lucas Boscariolli